sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Sexta – Daniel 2:14-23

"Então Daniel falou avisada e prudentemente a Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios de babilônia.
Respondeu, e disse a Arioque, capitão do rei: Por que se apressa tanto o decreto da parte do rei? Então Arioque explicou o caso a Daniel.
E Daniel entrou; e pediu ao rei que lhe desse tempo, para que lhe pudesse dar a interpretação.
Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros;
Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios de babilônia.
Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu.
Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força;
E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.
Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.
O Deus de meus pais, eu te dou graças e te louvo, porque me deste sabedoria e força; e agora me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este assunto do rei."


Já parou para pensar, alguma vez, se o tempo cronológico não fosse como pensamos e estamos acostumados, de maneira linear, ou seja, passado, presente e futuro? O teólogo cristão Agostinho afirma que o tempo não tem realidade em si, mas é uma visão humana limitada em três nadas: o passado, que não existe mais; o futuro, que ainda não existe e o presente tão fugaz, que é uma mistura de passado e futuro.[1] É a partir daí que se compreende com certa facilidade a concepção agostiniana de Deus, em que este é uma entidade que pertence a um reino de verdades atemporais, perfeitas e imateriais. Assim, a compreensão do tempo divino não pode entrar na lógica humana de um tempo delimitado, mas deve ser projetada para a eternidade. Dessa maneira, certos acontecimentos que ocorrem ao longo da nossa vida não podem ser compreendidos, pois suas motivações e mecanismos estão no plano do “para sempre” do nosso Pai.



[1] CARDOSO, Giovani Fernando. Tempo e eternidade em Agostinho. Revista Filogênese. São Paulo, v. 3, 2010.

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