Respondeu, e disse a Arioque, capitão do rei: Por que se apressa tanto o decreto da parte do rei? Então Arioque explicou o caso a Daniel.
E Daniel entrou; e pediu ao rei que lhe desse tempo, para que lhe pudesse dar a interpretação.
Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros;
Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios de babilônia.
Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu.
Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força;
E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos.
Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.
O Deus de meus pais, eu te dou graças e te louvo, porque me deste sabedoria e força; e agora me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este assunto do rei."
Já parou para pensar, alguma vez, se o tempo
cronológico não fosse como pensamos e estamos acostumados, de maneira linear,
ou seja, passado, presente e futuro? O teólogo cristão Agostinho afirma que o
tempo não tem realidade em si, mas é uma visão humana limitada em três nadas: o passado, que não existe mais; o futuro, que ainda
não existe e o presente tão fugaz, que é uma mistura de passado e futuro.[1] É a partir daí que se
compreende com certa facilidade a concepção agostiniana de Deus, em que este é
uma entidade que pertence a um reino de verdades atemporais, perfeitas e
imateriais. Assim, a compreensão do tempo divino não pode entrar na lógica
humana de um tempo delimitado, mas deve ser projetada para a eternidade. Dessa
maneira, certos acontecimentos que ocorrem ao longo da nossa vida não podem ser
compreendidos, pois suas motivações e mecanismos estão no plano do “para sempre”
do nosso Pai.
[1] CARDOSO, Giovani
Fernando. Tempo e eternidade em Agostinho.
Revista Filogênese. São Paulo, v. 3,
2010.
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